No sertão, onde o sol raia, Vivia João, um vaqueiro valente. Apaixonado por uma donzela, Maria, a patricinha elegante, Que só queria um amor de novela. João, de chapéu e bota de couro, Ia à fazenda, coração a mil. Com serenata e um buquê de flores, Declara seu amor, puro e gentil, Mas Maria, altiva, o rejeita fril. Ela sonhava com um príncipe encantado, Que a levasse pra morar na cidade. João, sofrendo, se sentia humilhado, Mas não desistia da sua empreitada, Com esperança no fundo do peito. Com o tempo, Maria se deu conta, Que o amor verdadeiro não se compra. Que a beleza e a riqueza não conta, Quando o coração pede um outro amor. E então, voltou-se para João. João, perdoou a sua amada, E juntos, construíram um lar. Na fazenda, rodeados de prata, Um amor sincero, sem igual, Um casamento feliz, que vai durar. E assim, a história nos ensina, Que o amor não escolhe classe social. Que a felicidade se conquista, Com carinho, afeto e leal. E que o verdadeiro amor nunca falha. Texto:...
No sertão, o sol ardente brilha, A terra resseca, clama em dor, As plantas murcham, a água é armadilha, O vaqueiro, triste, busca o seu amor, O vento traz lamentos, sem fervor. As nuvens, distante, fazem promessa, Mas o céu se nega, não dá consolo, O gado na sombra, sem fortaleza, O sertanejo, em lágrimas, faz o solo, E a esperança, às vezes, é um solo oco. No ribeirão, a saudade se espelha, Pequenos peixes sonham em voltar, As crianças, no barro, fazem a brincadeira, Mas o barro seco não quer ajudar, E o tempo, como areia, vai escorregar. As noites são frias, o fogo a crepitar, As histórias contadas ao luar, Sobre a luta, a fé e o recomeçar, Os homens e mulheres, prontos a lutar, Com um coração que nunca vai calar. Na busca da chuva, o povo se une, A oração ecoa pelo sertão, Com esperança de um dia que assume, A vida que brota em cada coração, E a fé que resiste, não perde a razão. Quando a chuva finalmente chegar, O chão se transforma, flores a brotar, A seca é ...